Relatório da PWC sobre fraude ao redor do mundo

ROUBO DE ATIVOS (67%) E FRAUDES CONTÁBEIS (38%) – PESQUISA DA PWC SOBRE CRIMES ECONÔMICOS

Foi divulgada nesta sexta feira, dia 20/11/2009, pela PriceWathersousecoopers a quinta edição da pesquisa sobre crimes econômicos, feita a cada dois anos. Neste ano de 2009 a sondagem apresenta como foco a relação entre crise econômica e crimes econômicos.

A pesquisa foi realizada em mais de 3.000 empresas em 54 países e, segundo seus organizadores, é o estudo mais abrangente sobre crime financeiro do mundo.

Dentre os principais destaques temos os seguintes:

(i) Apesar da atenção das entidades reguladoras e do investimento das empresas em controles, a fraude continua a ser uma das questões mais problemáticas para empresas em todo o mundo.

(ii) O nível real de crimes económicos e financeiros associados e perdas não-financeiras não diminuiu.

(iii) Um terço das empresas foi vítima de crime econômico nos últimos doze meses.

(iv) O relatório conclui que o crime económico é de dificil apuração tendo em vista os muitos tipos de fraude e a grande quantidade de trabalhadores, incluindo altos executivos, que os cometem.

(v) Conclui-se que as empresas não podem, isoladamente, implementar controles com o objetivo de detectar e prevenir a ocorrencia de crimes econômicos. As empresas precisam estimular a lealdade para com a organização, estimular os trabalhadores a fazerem a coisa certa, e pôr em prática sanções claras para aqueles que cometem fraude, independentemente da sua posição na empresa.

Para 68% dos entrevistados, um ambiente de desaceleração econômica cria pressões que acabam levando empregados a cometer fraude – caso, por exemplo, de um diretor que forja resultados ou de um funcionário que procura se apropriar de recursos da empresa por ganância ou medo de ser demitido.

Outro ponto levantado nas entrevistas é que um ambiente de crise cria oportunidades para a fraude, por exemplo, quando obriga a uma redução de recursos aplicados em mecanismos de controles internos e auditorias externas.

O tipo mais comum de fraude cometida globalmente é o roubo de ativos, percebido em 67% das empresas entrevistadas. Em seguida vem a fraude contábil, que ocorreu em 38% das companhias.

A natureza sigilosa do tema dificulta comparações com outros países e mesmo com outras edições da mesma pesquisa. Neste ano, a lista das nações onde mais se registraram crimes financeiros nos últimos 12 meses é liderada pela Rússia (71%), África do Sul (62%) e Quênia (57%) – mas também inclui economias desenvolvidas, como Canadá (56%), Grã-Bretanha (43%) e Austrália (40%).

Da forma semelhante, no fim do ranking, ou seja, entre os países ou territórios com menos incidência de fraude nos últimos 12 meses, estão Japão (10%) e Hong Kong (13%), mas também Turquia (15%) e Indonésia (18%).

A pesquisa sondou mais profundamente o impacto dos três fatores do triangulo da fraude que inclui (1) inventivo e pressão; (2) oportunidades e (3) Atitude ou racionalização tendo observado, entre os respondentes, os seguintes riscos de fraude:

68% atribuíram maior risco de fraude a incentivos aumentados ou pressões

18% informaram que a razão mais provável para cometer fraudes são as oportunidades; e

14% acreditaram que as atitudes e racionalidade constituem um fator principal para a ocorrência de fraudes.

Para conhecer a integra do relatório acesse o link abaixo:

Quinta edição da pesquisa sobre crimes econômicos (PWC)

Na sequencia este blog apresentará um resumo de excelente estudo que faz uma apresentação entre o triângulo da fraude, da teoria da quebra de confiança e a teoria do sonho americano que tenta explicar as razões das fraudes que vem ocorrendo no Mundo, principalmente nos USA.

Fonte: Blog Prof. Lino Martins

Editoria: Prof. Alexandre Alcantara