Trabalhar à distância é uma tendência

por Susana Falchi
 
A recente notícia de que o Yahoo, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, decidiu acabar com o home office gerou polêmica, ainda mais quando a tendência verificada é contrária: cada vez mais as empresas estão optando por formas alternativas de trabalho. Algumas projeções de especialistas chegam a dar conta de que o emprego vai desaparecer na forma como conhecemos hoje. O avanço fez com que o trabalho deixasse de ser físico para se tornar mais intangível, mais tecnológico e mais intelectualizado. As empresas estão menos dependentes de hierarquias, porém exigem um alto nível de especialidade e educação, além de serem dominadas pela classe criativa. O foco está nos serviços agregados, o que torna o trabalho mais dependente do conhecimento do que da presença física.
 
As formas alternativas de trabalho, como novos vínculos, atuação por projeto, part time, home office, trabalhos sob demanda, devem ganhar peso. Tais alternativas trazem alguns ganhos empresariais: redução de custo de folha de pagamento, espaço físico e redução do tempo gerencial. A tendência verificada nos países desenvolvidos é de que 70% do quadro de pessoal estejam em home office até 2015. No Brasil, o home office é empregado por mais de 50% das empresas de grande porte. O percentual não surpreende: para algumas atividades criativas e intelectualizadas, estar presente fisicamente deixa de ser necessário. Ainda há o ganho com a melhora da qualidade de vida dos empregados, o que atrai novos talentos.
 
Quando se estabelece a cultura de home office em uma empresa, é preciso estar preparado. Isso significa ter planilhas de controles de entrega, uma estrutura de metas bem estabelecida e um sistema de consequências maduro e condizente com o que foi acordado com o funcionário. Com um modelo consistente, é possível obter resultados positivos. 
 

FALCHI, Susana. Trabalhar à distância é uma tendência. Jornal do Comércio. Porto Alegre, Edição impressa de 13 mar. 2013. Disponível em: <http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=118780> Acesso em: 13 mar. 2013

Editoria: Prof. Alexandre Alcantara