Café com Palavra

E-Book: A Negligência dos Hipócritas no Dever da Oração

A Negligência dos Hipócritas no Dever da Oração

Jonathan Edwards (1703–1758) é um conhecido puritano norte-americano; considerado o último dessa geração abençoada de ministros. Talvez, um de seus textos/sermões mais conhecidos seja “Pecadores nas Mãos de um Deus Irado”; e uma de suas obras mais importantes, sem dúvida, é “Afeições Religiosas”. Neste e-book, você encontrará um de seus sermões que, como de costume, faz ressoar a Palavra de Deus nos recônditos de nossa alma.

Se tem uma coisa que aflige a muitos crentes é sua deficiência e negligência na oração. Edwards, bíblica e precisamente, confronta a todos nós; tira-nos do estado de descanso carnal e letargia quanto à inconstância na oração. Se porventura pensamos que isso é um “pequeno” pecado comparado com outros, Edwards mostra que a ausência de oração privada ou a inconstância nela deveria ser alvo de nossa maior preocupação. Ele diz:

“a vida que os verdadeiros cristãos vivem no mundo, eles vivem pela fé no Filho de Deus. Mas quem pode acreditar que o homem vive pela fé se vive sem oração, que é a expressão natural da fé? A oração é uma expressão tão natural da fé quanto respirar é da vida; e dizer que um homem vive uma vida de fé, e ainda vive uma vida sem oração, é totalmente inconsistente e incrível; é como dizer que um homem vive sem respirar. Uma vida sem oração está tão longe de ser uma vida santa, que é [na verdade] uma vida profana. Aquele que vive assim, vive como um pagão, que não invoca o nome de Deus; aquele que vive uma vida sem oração, vive sem Deus no mundo.”

Diligentemente, Edwards, a partir da Escritura, nos mostra que a negligência na oração e a hipocrisia andam lado a lado; e hipocrisia e inferno são como morador de uma casa e a casa. Isso faz a alma de qualquer um tremer. Não querendo colocar a esperança de salvação nisso, como se “uma vida de oração” fosse a razão de nossa salvação. Mas, assim como não existe água seca, também não existe conversão genuína sem a marca da oração contínua na vida desse convertido – essa é uma ilustração do argumento de Edwards. Novamente, isso faz a alma de qualquer um tremer; isso faz de nossas desculpas mais do que esfarrapadas (ele fala sobre elas nesses textos); faz de nossa “falta de tempo”, o maior testemunho contra nós.

Muito se fala que os admiradores dos puritanos querem a doutrina deles, mas não buscam a mesma piedade e a mesma dedicação em oração. Querem o gigantismo teológico de seus ombros, mas não os calos dos seus joelhos. Às vezes, isso é falado até de forma carnal e injuriosa, tentando descredibilizar a busca pela pureza doutrinária vista no puritanismo. Esse tipo de motivação, deve ser rejeitada. Porém, mesmo assim, em certo sentido, é algo que deveríamos considerar e, até mesmo, com lamento, reconhecer: “essa acusação é verdadeira”.

Edwards nos lembra que a oração é tão importante quanto a santidade na doutrina. A oração, corretamente compreendida e praticada, é instrumento de condução a essa santidade de forma toda abrangente (incluindo a disposição serena, humilde e terna de coração). E a pureza na doutrina conduzirá a mais oração, como o rio corre para o mar. Oração e doutrina puras – o que Deus uniu, que o homem não separe; que não seja encontrado em nós esse odioso divórcio.

Que o título não faça você correr desse sermão. Antes, que, na profunda humilhação e dura confrontação, vejamos a mão do Senhor, encontremos Sua graça e paciência para conosco; encontremos Deus nos livrando de nós mesmos, querendo nos tirar falsas esperanças e nos trazer para junto de Si. Que Ele seja glorificado. Soli Deo Gloria.

por Rev. Christopher Vicente, Editor.


IMPORTANTE; Os e-book em formato Kindle podem ser lidos mesmo que você não tenha o aparelho Kindle. Basta instalar um APP gratuito em seu computador, tablet ou celular. Saiba como instalar  AQUI