Café com Palavra

Ebook: 10 razões para ser um presbiteriano

Prefácio

A identidade de um indivíduo ou de um corpo político, social ou eclesiástico é um dos elementos mais essenciais para a sua existência. A identidade, no sentido cristão, envolve aquilo que Deus, em Cristo, nos diz sobre nós mesmos, pela Sua Palavra. [1]

Dito de outra forma, somos o que Deus diz que somos. Quando consideramos a identidade da Igreja, obviamente, o princípio não poderia ser outro: a Igreja (ou uma igreja) é aquilo que Deus diz que ela é. Todavia, um corpo eclesiástico particular (denominações ou igrejas locais) possui uma história e, ao considerarmos esta história (que envolve a sua profissão de fé e a sua prática ao longo dos séculos), podemos julgar se essa igreja se conforma ou não, e em que grau se conforma, ao que Deus diz sobre o que é a Igreja. Assim, a identidade de uma Igreja também envolve o aspecto histórico e negar isso é pulverizar de forma subjetivista uma identidade. Nós cremos, firmemente, que a Igreja Presbiteriana — e não nos referimos, aqui, a alguma denominação nacional particular, mas, de forma geral, ao Presbiterianismo puro e simples — é a expressão mais madura e fiel do que Deus diz sobre a Igreja.

Há alguns anos, alguém deflagrou contra mim: “você deveria ser mais cristão e menos presbiteriano” — talvez, seja o seu pensamento também. Isso, nos primeiros segundos, foi impactante de se ouvir. Porém, o que aquele irmão não entendia é: sou presbiteriano porque considero esta expressão da Igreja de Cristo na Terra como a mais pura, fiel e cristã que existe. Sou presbiteriano porque quero ser o melhor cristão em minha profissão doutrinária, participação comunitária (eclesiologia) e adoração pública ao Senhor.

O presente texto é uma apresentação objetiva e sucinta do que constitui a identidade presbiteriana. O autor (não identificado) faz uma apresentação apologética e mui didática — 10 razões bíblicas pelas quais alguém se identifica como presbiteriano. Foi, originalmente, um artigo da revista (ou panfleto) Presbyterian Board of Publication, nº 230. Essas razões envolvem: questões fundamentais, doutrina, governo, disciplina e culto. Obviamente, nem o autor nem os editores intentam afirmar que toda e qualquer outra expressão do Cristianismo Protestante não seja Cristianismo. Afirmar isso seria absurdo! Entretanto, afirmamos, sim, que o Presbiterianismo é a expressão mais madura e mais pura do Cristianismo.

Ao final, o autor apresenta também uma implicação política e eclesiástica: presbiterianos não toleram tiranias e as tiranias não prosperam em meio presbiteriano. Aqueles que lidam com o governo presbiteriano de forma tirânica estão contradizendo o próprio governo; e aqueles que, sendo presbiterianos, apoiam ideologias políticas tirânicas, contradizem a sua fé. Oramos para que seja um bom instrumento de apresentação do que é ser presbiteriano. Caso o leitor queira mais, então, recomendamos ir à fonte: aos documentos que, historicamente, expõem o presbiterianismo: a Confissão de Fé de Westminster, o Catecismo Maior de Westminster, o Breve Catecismo de Westminster, a Forma de Governo e Ordenação Presbiterianos, o Diretório de Culto Público de Westminster e o Diretório de Culto Privado de Westminster. Embora comum e infelizmente, a maioria das Igrejas Presbiterianas, no mundo a fora, subscrevam apenas a Confissão e os Catecismos, os demais documentos de Westminster, ao lado destes principais, nos dão uma visão mais completa dessa identidade em seu aspecto bíblico-histórico. Que Deus nos abençoe!

Rev. Christopher Vicente, Editor.
Rodrigo Gonçalez, Editor.
24 de Abril de 2024.


Nota

[1] Sobre a Identidade Cristã, considere a obra “Quem sou eu? O que a Bíblia ensina sobre identidade cristã”, de Terry Johnson, publicado pela Editora Nadere Reformatie. [N. dos Editores].

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