Qualidade do gasto público é um dos pilares da boa gestão

Qualidade do gasto público é um dos pilares da boa gestão

Em congresso, pró-reitora defende qualidade do gasto público como um dos pilares da boa gestão

Por Tatiana Regina Lima Teixeira

A pró-reitora de Gestão e Governança, Cláudia Cruz, levou ao XVI Congresso de Direito Tributário, Constitucional e Administrativo uma reflexão sobre a importância da boa gestão das despesas públicas. Com o tema “Qualidade do gasto público no Brasil: diagnósticos e novas fronteiras de pesquisa”, a pró-reitora destacou que gastar bem é tão importante quanto gastar o necessário — e que a qualidade do gasto precisa ser tratada como um dos pontos centrais das políticas públicas.

Promovido pelo Chiesa Instituto de Estudos Jurídicos, o congresso reuniu especialistas, gestores e acadêmicos para discutir os principais desafios no cenário nacional. Em sua participação, Cruz alertou que a qualidade do gasto público não é uma variável isolada, mas uma construção que depende de múltiplas dimensões da gestão — como planejamento, controle, transparência e participação social.

“A qualidade do gasto público não é unidimensional, mas depende e se integra com outras dimensões da gestão pública”, afirmou. “É preciso responsabilidade na condução das despesas e compromisso com a eficiência, a eficácia, a equidade e a sustentabilidade das ações governamentais.”

A pró-reitora elencou práticas fundamentais para transformar esse compromisso em realidade. Entre elas, destacou a importância de orçamentos estratégicos, controle e monitoramento contínuo das despesas, gestão de riscos e fraudes, modernização de processos de compras e licitações, além do uso de tecnologias para aumentar a eficiência e a transparência.

Pró-reitora destaca que eficiência na aplicação dos recursos é essencial para a gestão pública. Foto: Divulgação

Cruz também chamou atenção para a relevância de ferramentas de monitoramento que ajudem a sociedade a acompanhar a qualidade do gasto público. Portais de transparência, auditorias, indicadores de desempenho, instrumentos de controle social e o uso ativo dos direitos previstos na Lei de Acesso à Informação foram apontados como meios eficazes para fortalecer a prestação de contas e a confiança da população nas instituições.

Apesar dos avanços já observados em diversas esferas da administração pública, Cruz reconheceu que ainda há muitos desafios a serem enfrentados. A participação da pró-reitora no congresso reforça o papel das universidades públicas como espaços de reflexão crítica e produção de conhecimento voltado à transformação da gestão pública brasileira.


Fonte: UFRJ – Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR6) | 05.6.2025


Claudia Cruz tem Doutorado em Controladoria e Contabilidade (PPGCC/FEA/USP – 2015), Mestrado em Ciências Contábeis (PPGCC/UFRJ – 2010) e Graduação em Ciências Contábeis (UEFS/BA – 2008). Desenvolve atividades como docente e pesquisadora na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde assumiu a função de Superintendente-Geral de Governança na UFRJ e também de Encarregada da Proteção de Dados Pessoais- DPO (LGPD) por 2 anos. Atualmente exerce a função de Pró-Reitora de Gestão e Governança (PR6) . É editora associada da Advances in Scientific and Applied Accounting (ASAA Journal), da Revista Contabilidade, Gestão e Governança (CGG/UnB) e parecerista ad hoc de diversos periódicos acadêmicos das áreas de Contabilidade e Administração. Áreas de interesse de atuação profissional e pesquisa: Orçamento, Contabilidade e Finanças Públicas; Governança Pública; Transparência e Accountability na Gestão Pública; Disclosure de Informações Contábeis; e Padrões Internacionais de Contabilidade no Setor Público.

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Editoria: Prof. Alexandre Alcantara