Mudanças na Melhores & Maiores de Exame

Mudanças na Melhores & Maiores de Exame

A edição 2020 de Melhores e Maiores de Exame veio totalmente fora do padrão dos anos anteriores… se não bastasse o atraso na divulgação e a redução de páginas, que foi assustadora em relação a de anos anteriores. Até 2019 a edição era publicada geralmente até o mês de setembro, mas tivemos anos em que saiu no mês de julho. O atraso em 2020 foi recorde, saiu finalzinho de novembro… pensei que o atraso seria compensado com uma edição mais elaborada.

Ficamos muito decepcionado ao constatar que a Revista, editada desde 1974 – após passar a ser editada por um novo grupo – passou a adotar um toque escancarado de matérias que mais parecem propaganda de empresas do que realmente análises econômico-financeiros de quem realmente está analisando o conjunto das maiores empresas brasileiras e dos respectivos segmentos, sem o compromisso do que me pareceu ser, agradar anunciantes ou potenciais anunciantes.

A seguir os comentários que fiz sobre a Edição 2019, quando ainda restava algum padrão com as edições anteriores:


As melhores e maiores empresas do Brasil, edição 2019

29 DE AGOSTO DE 2019
A Revista Exame publicou essa semana a esperada edição das 1.000 “MELHORES E MAIORES 2019“. A edição é resultado de um levantamento que avaliou mais de 3.000 empresas e os maiores grupos privados do país. Em sua matéria de divulgação a revista detalha os critérios gerais adotados para a elaboração do ranking, confira AQUI.A seguir alguns comentários sobre essa importante revista que trazemos em nosso livro de análise de balanços (SILVA, 2017, p. 91):

“A primeira edição da revista Melhores & Maiores – uma raridade que encontramos na Biblioteca do Senado – foi publicada em setembro de 1974 com o nome de Os melhores e os maiores, sob a direção do Prof. Stephen Kanitz. A capa destacava que seriam apresentadas as 500 maiores empresas privadas por vendas e as 50 maiores empresas estatais e como se comportou cada setor. No texto de apresentação – Como foi feito – encontramos a seguinte pérola do “recurso tecnológico” utilizado na elaboração do ranking:

‘Durante oito meses – a partir de 16 de dezembro de 1973 – foram examinados mais de 10 mil balanços de empresas. Chegou-se, com isso, a uma seleção de 1.600 balanços, que foram então analisados em profundidade. Os dados recolhidos em cada balanço foram passados para cartões de computador, de modo a permitir o processamento eletrônico – único meio de tornar viável um empreendimento de tal porte, em que foram efetuados cerca de 18 milhões de cálculos e consumidas 212 horas de computador.’

Com o avanço da tecnologia essa limitação experimentada pelos pioneiros desse tipo de publicação no Brasil deu lugar a sites especializados que disponibilizam praticamente todos os dados econométricos constantes na edição impressa, merecendo destaque o portal da revista Melhores & Maiores da Exame”.

O uso dessas publicações como subsídios para análises comparativas entre empresas e setores da economia deve ser feito com muita parcimônia, pois além do excessivo cunho jornalístico elas são publicadas, no geral, tardiamente, no semestre seguinte às datas de publicação das demonstrações contábeis anuais. 


Para saber mais sobre Análise Balanços:

SILVA, Alexandre Alcantara da. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações contábeis. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

 

 

 

Editoria: Prof. Alexandre Alcantara

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