Debate: Desafios da auditoria com a pandemia de Covid-19
Com as mudanças provocadas na vida de milhões de pessoas devido à pandemia do novo coronavírus, muitos profissionais, inclusive os da contabilidade, estão se adaptando na forma de prestar seus serviços. A Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abraicon) atenta a esse movimento tem realizado bate-papos virtuais com renomados profissionais brasileiros, que expõem suas visões sobre o momento atual.
Na terceira live realizada pela Academia, na tarde dessa quinta-feira (28), a presidente da entidade, contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim, disse que o “tema é da maior relevância para a categoria”, e para discutir sobre “os desafios da auditoria frente à pandemia de Covid-19, ela reuniu um time de peso: o presidente da PWC Brasil, Fernandes Dantas Alves Lima; o auditor independente, Rogério Rokembach; e o presidente do Ibracon, Francisco Sant´Anna, que coordenou o debate.
Diante das incertezas que viveremos pós-pandemia, o presidente do Ibracon aproveitou a oportunidade e solicitou aos expositores que eles fossem mais além: “peço aos senhores que nos deem um visão de futuro de como vamos lidar com as oportunidades ou dificuldades que aparecerão na nossa profissão quando acabar pandemia”.
O presidente da PWC Brasil, Fernandes Alves, trouxe para o debate as reflexões da empresa que lidera e fez uma análise macro do contexto e do que possa vir a acontecer com o impacto da pandemia. “Acho que esse cenário da Covid-19 é único na história recente da humanidade porque ele representa, simultaneamente, uma crise do lado da oferta e da demanda da economia, com a agravante de ser absolutamente sincronizada com a crise que ocorre na maioria das economias do planeta”, disse.
O auditor independente Rogério Rokembach, por sua vez, disse que “todas as firmas de auditora do país se adaptaram a esse cenário. “Nós não temos nenhum relato de firma de auditoria que parou ou deixou de trabalhar”, disse. Segundo ele, “o que está se fazendo hoje não será o novo modelo; o que virá será diferente, ou seja, um modelo mais híbrido”.
Rokembach relatou as mudanças ocorridas pelo momento atual. “A auditoria se faz com pessoas, e as preocupações existem”, disse. Por outro lado, o auditor afirmou que, nos momentos de crises, há sempre oportunidades. “Está mais fácil de prestar serviços mais longe. As pequenas e médias firmas de auditorias, neste modelo virtual, estão conseguindo uma abrangência de trabalho em âmbito nacional. Mas os desafios existem, e um deles é que os auditores terão que aprender a utilizar as ferramentas tecnológicas disponíveis”, disse.
Fonte: Portal CFC | Por Fabrício Lourenço | Comunicação CFC
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