Neste momento em que são lançados vários editais de concurso para Auditor Fiscal surgem muitos depoimentos de concurseiros. Um deles, de autoria de  Danilo Nascimento, o qual é formado em Administração pela UNEB-BA e concurseiro na área de concursos fiscais, eu achei bem interessante, a começar pelo título: “Fazer concurso para auditor fiscal apenas por dinheiro?“. Reproduzo o texto na íntegra,  destacando a seguinte trecho:

Na verdade, ao escolher um concurso público, o candidato deve alinhar suas ambições financeiras às suas motivações e ideais. Afinal, um cargo público lhe levará a uma instituição onde trabalhará o resto da sua vida, onde passará mais tempo do que passa com a sua família. É nisso que devemos pensar ao dedicar tempo e energia a uma carreira – qualquer que seja ela.

Fazer concurso para auditor fiscal apenas por dinheiro?

“Afinal, um cargo público lhe levará a uma instituição onde trabalhará o resto da sua vida”

Entre as carreiras públicas mais cobiçadas do Brasil estão os altos cargos do Poder Judiciário (juízes), do Ministério Público (promotores) e de fiscalização tributária (auditores fiscais). À primeira vista, essas carreiras são procuradas por conta da remuneração que oferecem, mas um candidato que dedica-se com afinco a esses concursos consegue ver muito mais que isso. Neste texto vou falar um pouco sobre como minha preparação para concursos de Auditor Fiscal mostram que a realidade desses concursos e carreiras é muito mais ampla do que parece.

Primeiro, vale dizer que a preparação para uma carreira como a de Auditor Fiscal exige a intimidade com disciplinas diversas, que vão da Economia, Administração e Direito ao Inglês e Raciocínio Lógico, por exemplo. É um vasto conteúdo programático que muitas vezes torna a preparação longa: às vezes anos de tentativa e erro. Muitos interessados apenas no salário ficam pelo caminho – pois essa não é a única fonte de motivação para grande parte dos candidatos que chegam à aprovação.

Aliás, essa quantidade de conteúdo está diretamente ligada à complexidade da função exercida pelo Auditor Fiscal, que zela pela justiça tributária, evitando que determinados cidadãos ou grupos de cidadãos deixem de pagar o que devem ao Estado – garantindo, assim, que a coisa pública seja tratada com lisura e correção.

Ao longo de tanto tempo se preparando, o concurseiro percebe que não faz muito sentido pensar apenas na remuneração, mas também no valor social presente na carreira pretendida. Por isso muitos candidatos escolhem a carreira e buscam concursos onde que possam exercer esse sonho: seja como Auditor Fiscal em São Paulo, como Auditor Fiscal em Santa Catarina (ou qualquer outro Estado), seja como Auditor Fiscal da Receita Federal.

Na verdade, ao escolher um concurso público, o candidato deve alinhar suas ambições financeiras às suas motivações e ideais. Afinal, um cargo público lhe levará a uma instituição onde trabalhará o resto da sua vida, onde passará mais tempo do que passa com a sua família. É nisso que devemos pensar ao dedicar tempo e energia a uma carreira – qualquer que seja ela.

Autor: Danilo Nascimento – Formado em Administração pela UNEB-BA e concurseiro na área de concursos fiscais.

Fonte: Blog ARF SP