Planeje-se para evitar o trauma das sucessões familiares
Por Márcio Iavelberg, via SEBRAE\Portal Terra.
Transferir a direção de uma empresa de pai para filho não costuma ser uma tarefa fácil. Normalmente, os fundadores têm um apego emocional muito forte ao negócio e acreditam que ninguém cuidará tão bem da empresa como eles. Nem os próprios filhos. Mas um dia a hora de transferir os poderes acaba chegando, seja por conta de crescimento acelerado, doença na família ou mesmo falecimento.
E aí, se a sucessão não for feita com planejamento e em etapas, pode causar grande trauma para o sucessor, a sua família, os funcionários, clientes e fornecedores. E é justamente isso o que constantemente ocorre nas empresas brasileiras.
Um bom planejamento de transferência de poderes inicia-se com a busca pelo sucessor. Este deve possuir uma identificação com a cultura da empresa, com seus valores e desejar ocupar tal posição. Pode ser da família ou não. É importantíssimo que o sucessor conheça muito bem todos os processos da empresa e o seu planejamento futuro.
O sucessor deve conhecer a equipe, com os pontos fortes e fracos dos funcionários. Para que venha a ter sucesso na nova posição de gestão, ele precisa ainda ganhar aliados – tem de contar com a confiança e o respeito dos funcionários.
E, por fim, é importante que o sucessor tenha vivido outras experiências profissionais, tenha conhecimento do ambiente de outras empresas e de alguns departamentos distintos, que tenha convivido com pessoas de áreas diferentes e tenha colocado à prova suas características de liderança.
Com esses pontos cobertos e uma sucessão bem planejada, para que esta aconteça dentro de um prazo razoável e não às pressas, a chance de sucesso na empreitada aumenta muito.
Fonte: SEBRAE\Portal Terra – Márcio Iavelberg é administrador de empresas, com MBA em Gestão Financeira pela USP e especialização em Direito Tributário pela FGV. Sócio da consultoria Blue Numbers, voltada a finanças, gestão, marketing e RH de pequenas e médias empresas. Ou seja, um empresário que vive de aconselhar outros empresários. Imagem: LiveScience