Viciados em dados
Estudo revela que empresas estão “viciadas” em dados
A Avanade, uma provedora de serviços de tecnologia de negócios, divulgou os resultados de sua pesquisa global O impacto empresarial da grande quantidade de dados, que examinou as atitudes de executivos sobre como as empresas estão gerenciando o crescimento exponencial dos dados. O estudo é especialmente relevante para as empresas da América Latina, já que a região agora está adotando soluções de TI praticamente quatro vezes mais rápido do que os países desenvolvidos. Como uma das economias de mais rápido crescimento no mundo, a crescente lista de grandes empresas globais brasileiras está correndo risco ao tentar gerenciar o grande volume de dados que estão sendo gerados dentro do ambiente corporativo.
A pesquisa, conduzida pela Kelton Research, revela que essa grande quantidade de dados está criando desafios reais para os executivos. De fato, mais da metade – 56% – dos executivos C-level e líderes de unidades empresariais relataram estar sobrecarregados pela quantidade de dados que suas empresas gerenciam. Muitos também relataram que normalmente se atrasam na hora de tomar decisões importantes como resultado dessa quantidade exagerada de informações. 46% dos entrevistados relataram ter tomado alguma decisão equivocada como resultado de dados imprecisos ou desatualizados.
“As empresas precisam desenvolver uma cultura de dados na qual executivos, funcionários e parceiros estratégicos sejam participantes ativos no gerenciamento de um ciclo de vida de dados sadio”, declarou Tyson Hartman, chefe global do departamento de tecnologia da Avanade. “Isso permitirá que as empresas transformem os dados em conhecimentos empresariais úteis”.
Viciados em dados
Apesar dos desafios criados pela proliferação de dados, os executivos relataram o desejo por obter mais dados e de maneira mais rápida. Um entre cada três executivos acredita que o acesso a ainda mais fontes de dados permitiria que eles executassem melhor suas tarefas, enquanto 61% disse querer acesso mais rápido aos dados. De acordo com a pesquisa, esse desejo por mais dados e a necessidade de aceleração são estimulados pela necessidade de manter o nível de serviços ao cliente.
“Nossa pesquisa confirma o que ouvimos dos nossos clientes com relação ao desafio da gestão de dados. Os executivos parecem estar implorando por um acesso mais rápido aos dados para ajudá-los a lidar com a sobrecarga de informações. Ao mesmo tempo em que a velocidade é importante, o contexto é absolutamente essencial para compreender todo o escopo dos dados para tomar a decisão empresarial certa, no momento ideal”, declarou Hartman.
Os executivos reconhecem a importância dos dados, seja para a melhoria das previsões empresariais, para reduzir a incerteza na hora da tomada de decisão ou para melhorar o posicionamento competitivo. 61 % das empresas acreditam que a enxurrada de dados entrando nas empresas muda fundamentalmente a maneira como elas operam.
CRM e Segurança
Quando se trata dos tipos mais importantes de dados, as empresas relatam que as informações relativas ao relacionamento com clientes e vendas são críticas para seus processos de tomadas de decisões estratégicas. Elas reconhecem a oportunidade de ampliar a receita ao aproveitar as informações dos clientes, e esse foco está estimulando investimentos adicionais em tecnologias para sistemas de gestão do relacionamento com os clientes (CRM, na sigla em inglês). 67 % dos executivos já investiram ou consideram seriamente investir em CRM nos próximos 12 meses.
Com a crescente quantidade de dados, também existe uma crescente necessidade pela segurança dos dados. 78 % das empresas relataram estar investigando soluções de segurança ou que o farão nos próximos 12 meses. No setor público, as pressões são ainda maiores, com 74% das organizações governamentais investindo em CRM e 85 % investindo em segurança.
A pesquisa também revelou uma grande desconexão de dados. Apesar do crescente volume de dados, a pressão para satisfazer as expectativas dos clientes e o foco em investimentos tecnológicos, as empresas de hoje ainda lutam para transformar as grandes quantidades de dados em valor para os negócios. Por um lado, os executivos pesquisados disseram que os dados são importantes. Mas por outro lado, menos da metade dos participantes – 46% – enxerga as fontes disponíveis de dados como um diferenciador estratégico para a organização. Ao invés disso, a maioria – 54% – considera os dados uma consequência dos negócios.
“Está claro que muitas empresas enxergam um imenso benefício potencial caso aprendam a aproveitar a grande quantidade de dados com eficiência, mas faltam medidas básicas para gerenciá-los”, declarou Hartman.
América Latina
As empresas da América Latina estão crescendo e adotando tecnologias em um ritmo muito mais rápido do que o restante do mundo, de acordo com as Previsões do IDC para a América Latina em 2011. A adoção de serviços de TI, em especial, está em alta, crescendo 3,9 vezes mais rápido do que nos mercados desenvolvidos. A adoção das soluções de computação em nuvem e mobilidade também está em alta na região, e as empresas expressam a necessidade pelo acesso aos dados a qualquer momento, de qualquer local¹.
A pesquisa “O impacto empresarial da grande quantidade de dados” foi conduzida pela Kelton Research, uma firma independente de pesquisas, em agosto de 2010 e pesquisou 543 executivos C-level, tomadores de decisões de TI e líderes de unidades empresariais das principais empresas localizadas em 17 países na América do Norte, Europa e Ásia Pacífico.
Serviço: Uma cópia do resumo executivo está disponível em http://www.avanade.com/BigData.
Fonte: Canal Executivo