BALANCED SCORECARD NO SETOR PÚBLICO: uma possibilidade
Com a entrada em vigor das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao setor público o Conselho Federal de Contabilidade estará auxiliando o que vem sendo denominada a nova gestão pública. Com isso terá inicio uma nova fase em que os profissionais de contabilidade do setor público estarão empenhados na implementação de uma real e verdadeira Contabilidade Patrimonial sem abandonar os conceitos da vetusta Contabilidade Orçamentária.
Para isso, diversos autores têm recomendando o desenvolvimento e aplicação de modelos multidimensionais que complementam a informação financeira e quantitativa com a informação não financeira e qualitativa. Pesquisas efetuadas no âmbito do Programa de Mestrado em Contabilidade da UERJ e que culminaram com as dissertações de Vera Lopes (área de Educação) e Rosangela de Fátima (área de Assistência Social), servidoras da Controladoria Geral do Município do Rio de Janeiro, mostram a importância do “Balanced scorecard” como modelo adequado às organizações públicas.
Em função das Normas de Contabilidade relativas ao setor público que, na época das duas dissertações, ainda não existiam, fica claro que o Balanced socrecard representa modelo adequado às organizações públicas para implementar o “accrual accounting and budgeting”
Na atualidade constitui objetivo a ser atingido pelo Estado o grau de satisfação do cliente (stackholders) que juntamente com o desempenho financeiro, a flexibilidade dos processos internos e a capacidade de aprendizagem e crescimento representam os determinantes para alcançar tais objetivos, tanto no setor público, como no setor privado.
Todos os estudos empíricos realizados mostram a relevância do modelo que, na opinião deste Blog, é perfeitamente aplicável ao setor público. Entretanto, tais estudos também chamam a atenção para um conjunto de barreiras a serem ultrapassadas como é o caso da cultura política instalada (sempre preocupada com os ciclos de curto prazo), a burocracia, a resistência à mudança, a limitação de recursos e a ausência de cultura estratégica, sem falar no elevando investimento inicial.
Fonte: Prof. Lino Martins (Blog)