Auditoria: Conflito de interesse

Recente matéria do Financial Times (Consultation opens possibility of more curbs on auditors05.10.2009) traz a tona o antigo problema que ronda a independência das auditorias independentes, o conflito de interesses.

Na Inglaterra o Conselho Profissional de Auditoria (APB) submeteu ao debate um documento impondo novas restrições ao execício concomitante de atividades de consultoria (e/ou autoria interna) com a atividade de auditoria “independente” das demonstrações contábeis.

A matéria do FT cita como exemplo o recente caso da KPMG, que se acrescentou ao longo rol de situações de não tão independência das companhias de auditorias, ao prestar o controverso serviço de auditoria interna e externa à Rentokil Initial. O caso já havia sido citado neste Blog Auditoria: polêmica em contratação na Inglaterra (05.08.2009).

O documento da APB pode ser acessado na íntegra em : www.frc.org.uk/apb/publications/pub2123.html

O documento, em seu ítem 1.4, lista os motivos da consulta pública:

1.4 This Consultation Paper includes an analysis of

  • the nature of non-audit services provided by auditors;
  • the reasons why the provision of such services can have the potential to impact the independence, and therefore the objectivity, of the auditor;
  • the approach to auditor independence that has been taken by the APB since 2004 – when it was given responsibility for setting ethical standards for auditors;
  • developments in the provision of non-audit services in the UK since the APB issued Ethical Standards for Auditors in October 2004;
  • information on the approach taken internationally; and
  • the issues in relation to which the APB invites views.

Merece destaque o segundo ítem: as razões pelas quais a prestação de tais serviços (consuloria, auditoria interna, etc.) podem ter impacto na independência e, portanto, na objetividade, do auditor independente.

(AAS)

Editoria: Prof. Alexandre Alcantara