Crítica ao IFRS (nos EUA)

O respeitado autor de contabilidade Shyam Sunder (SEC mandate invites monopoly, Financial Times) faz uma crítica a adoção do IFRS pelos Estados Unidos. Sunder questiona a razão de existir um monopólio na determinação de regras contábeis.

Além disto, as normas do IFRS possuem os seguintes problemas:

a) por ser baseado em princípios, mas sem uma força na execução, permite espaço para diversidade e redução na comparabilidade

b) a SEC identifica como razão para optar pelo IFRS em decorrência de “elevada qualidade”. Entretanto, a SEC não esclarece o que significa isto

c) Ficará mais difícil a existencia de tratamentos alternativos e a experimentação contábil. [Isto não seria um freio para as inovações?]

d) A substancia econômica dos negócios depende de questões jurídicas, comerciais, de mercado, de governança e de gestão ambiental. Imaginar que as normas internacionais irão permitir maior comparabilidade é um sonho. Sunder lembra que alguns países adotaram o IFRS mas usam suas interpretações próprias.

e) Ao contrário das medidas físicas, o comportamento das empresas mudam com as alterações nas normas contábeis. Neste caso, a contabilidade assemelha-se mais a metáfora das línguas do que das medidas físicas. E o esperando é um exemplo de fracasso na adoção de um padrão internacional.

Uma análise lúcida sobre o assunto.

Sunder é autor do excelente livro Theory of Accounting and Control

Fonte: Contabilidade Financeira

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Editoria: Prof. Alexandre Alcantara