A crise do jornalismo impresso
- Após quase um século e meio de circulação, o jornal impresso ‘Rocky Mountain News’ do Colorado, Estados Unidos, publicou sua última edição no dia 27 de fevereiro. A equipe de funcionários fez um vídeo documentando os últimos dias de trabalho.
A crise do jornalismo impresso
Na matéria de capa de sua edição mais recente, a revista Time conta “Como salvar o seu jornal”. Walter Isaacson sugere que os micropagamentos são a resposta para a crise do jornalismo americano (que, com a desaceleração econômica, começa a se espalhar para o restante do planeta):
“Com um sistema de micropagamento, o jornal pode decidir cobrar um centavo por matéria, dez centavos por uma edição diária ou US$ 2 pela assinatura mensal na web. Alguns internautas vão reclamar, mas suspeito que a maioria vai clicar alegremente nas notícias se isso for suficientemente barato e fácil.”
É difícil concordar. Hoje existe informação em excesso na internet. A não ser que ele precise daquela notícia para a sua atividade profissional, o leitor vai preferir consumir uma informação gratuita, mesmo que não tenha a mesma qualidade encontrada no jornal.
Isaacson reclama do modelo de negócios baseado inteiramente em anúncios. Mas, até onde eu sei, as assinaturas pagam basicamente os custos de impressão e logística. Ele apontou a queda na receita publicitária da internet nos Estados Unidos no trimestre passado como um aviso contra a dependência exclusiva da publicidade.
No mês passado, Nicholas Carlson, do blog Silicon Alley Insider (em inglês), escreveu que o New York Times gastaria metade do que gasta com impressão e logística se enviasse para cada assinante um Kindle, livro eletrônico da Amazon, que também serve para ler jornal.
Ah sim! A matéria que sugere micropagamentos para os jornais pode ser lida gratuitamente no site da Time (em inglês).